O Corinthians até que tentou na altitude de Quito. Marcou a saída de bola do Independiente Del Valle e criou boas chances no primeiro tempo. Ralf bem. Pedrinho também. Ele abriu pro Love, que cruzou pro Boselli. Gol. Esperança.

Love quase fez um golaço. Pegou na trave. Os donos da casa cozinhavam o galo atrás para sair no contra-ataque. Eram perigosos e obrigaram Cássio a aparecer.

No segundo tempo Carille botou o Clayson e foi pra cima. E foi bem nessa hora, sem a cobertura do Ramiro pela direita, que veio o castigo. Manoel errou o bote e o equatoriano ficou sozinho pra empatar.

Ainda teve um pênalti. Ainda teve o segundo gol, do Clayson. Ainda teve o gol de empate do Del Valle. Uma equipe mais ousada, mais entrosada, mais corajosa e melhor treinada. E quando um time sem expressão do Equador passa pelo Corinthians com méritos, é porque tem algo errado.

E o errado é tentar mudar as coisas só quando precisa correr atrás do prejuízo que o próprio time criou.

Está mais do que na hora do Corinthians se livrar da premissa defensiva-reativa-resultadista da qual é refém. Digo refém hoje em dia, porque nos últimos anos ela deu muitas alegrias. Rendeu títulos. Vitórias em clássicos. Mas agora praticamente acorrenta o time a um esquema defensivo como se, para vencer, isso é tudo que o Corinthians pode e precisa ser. E não é verdade. Existem outras formas e fórmulas. Essa já cansou, Carille. E você demorou pra perceber.