Todo mundo gosta de ver um jogo ofensivo, de toque de bola rápido, aquele futebol bonito e vistoso. E eu não fujo à regra.  Odeio aquele esquema xiita retranqueiro, que quando faz um 1 a 0 recua e fecha a casinha, que entra em campo para não deixar o adversário jogar, meter um golzinho no contra-ataque ou na bola parada e fazer da experiência de assistir futebol um poderoso sonífero. Também não dá para só pensar no estilo ousado e simplesmente esquecer a importância do resultado. Mas precisa ser um ou outro? Não existe uma opção equilibrada? Claro que sim.

O Fluminense do Fernando Diniz ensaiou um bom caminho. Vimos boas partidas, um toque de bola envolvente, um jogo inesquecível contra o Grêmio em Porto Alegre. Só ensaiou. Foram 8 meses para fazer o esquema funcionar na prática, sem sucesso. O Fluzão está na zona de rebaixamento, perdendo jogos nos quais cria bem mais, finaliza bem mais, e não consegue ganhar. "Ah, mas o técnico não tem culpa se o time finaliza tanto e erra o gol". Verdade. Mas se não consegue trazer o equilíbrio necessário para jogar assim e conseguir o mínimo de resultado, não tem como aguentar no cargo à frente de um clube grande, mesmo não sendo o único culpado.

Quem não é tricolor e gosta de uma proposta diferente, de jogo para frente, vai defender o Fernando Diniz. É importante que existam treinadores com um pensamento fora do padrão, isso faz bem ao futebol. Mas é difícil encontrar um torcedor do Fluminense que discorda da demissão do Diniz e que compraria suas ideias até o final do campeonato com grandes chances de cair, mais uma vez, para a segunda divisão. Compreensível.

Estamos acostumados com soluções radicais para problemas complicados. Geralmente é assim. Por isso, espero que não venha um técnico retranqueiro, como se a solução para tudo fosse fechar totalmente o time porque jogar bonito não dá certo. O que não dá certo é 8 ou 80. Não dá pra ser bipolar no futebol. E o Flu do Diniz foi.

Vejam o resultado da pesquisa que fiz no Twitter: