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Marquinhos e a real história da treta Neymar x Dorival

Bolívia ZIca

03/04/2019 10h37

Marquinhos foi um dos últimos jogadores-torcedores. Mas daqueles de verdade, sem marketing ou falsas promessas. Acabou de se aposentar no clube de coração, onde nasceu e morreu para o futebol e se tornou o maior ídolo da história. O Avaí recebeu a equipe do Desimpedidos para a gravação do Bolívia Talk Show na semana passada. E o Guerreiro Azul, como é conhecido pela torcida avaiana, finalmente se sentiu à vontade para contar suas histórias, já que agora os treinos e jogos ficaram para trás e deram lugar à nova função de diretor.

O Galego falou como foi sua experiência na Alemanha, onde defendeu o Bayer Leverkusen quanto tinha apenas 20 anos. Relembrou as passagens por Flamengo, São Paulo, Grêmio, Atlético Mineiro, Coritiba, Santa Cruz e Paraná. Contou sobre as brigas que arrumou, dentro e fora de campo. As mais famosas, com Loco Abreu e Morais. Mas foi no Santos de 2010 que aconteceram as histórias mais interessantes.

Foto: Creke Aires

Ele era o tiozão raiz no meio daquela molecada que estava voando. Neymar, Ganso e André demonstravam respeito ao meia mais velho, e o chamavam de "Patrão". Mas nesse momento, mesmo bem jovem, Neymar já sabia da sua importância técnica e financeira. O menino já era a maior revelação do futebol brasileiro, junto com seu parça Paulo Henrique. E aquela briga feia entre ele e o técnico Dorival Júnior, na frente de todo mundo, deixou bem claro que o mimado menino Ney não aceitaria ser domado por ninguém.

Marquinhos nunca tinha contado a verdadeira história antes. "Pênalti pra gente. O Neymar vai e pega a bola, o Dorival chama o Léo e manda ele avisar o Neymar que quem vai bater é o Marcel. Era o combinado, não foi decisão de última hora. O Neymar ficou louco e começou a andar na direção do banco, xingando. O Dorival responde e manda um 'cala a boca, moleque do c***lho!'. Aí eu fui falar com o Neymar, e ele falou 'esse pau no c* não deixa eu bater o pênalti!'. Aí ele começou a avacalhar no jogo, dar lambreta, pedalada. Alguns jogadores, como o Dracena, foram cobrar e ele mandava todo mundo tomar no c*. Eu falei 'se você me mandar tomar no c*, eu te pego de porrada no vestiário, te dou um soco na cara'. Mas ele não mandou. Dentro do vestiário, teve outra treta, que ninguém sabe. O Neymar jogou um copo de isotônico na cara do auxiliar, e tiveram que segurar o cara".

Com uma impressionante riqueza de detalhes, Marquinhos continua contando a história, com muito mais desdobramentos do que a gente já sabia. Inclusive com um abraço de quem sabe que errou. E que terminou com a demissão do treinador e Neymar escalado para enfrentar o Corinthians no jogo seguinte.

Marquinhos também não durou muito mais no Santos. Na Ressacada, quando ainda era jogador do Peixe, pediu para não jogar contra o clube do coração. Foi assistir o jogo na arquibancada. Torceu pro Avaí, como sempre. Mesmo sendo jogador do time adversário. E o resto é só história da melhor qualidade pra quem gosta de futebol. Não perca, amanhã, às 19h, no Bolívia Talk Show.

 

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Sobre o Autor

Jornalista de formação, amante do futebol por paixão e corneteiro por vocação. Apresentador do canal Desimpedidos. Comanda o Bolívia Talk Show.

Sobre o Blog

As opiniões do personagem não refletem necessariamente a opinião do homem por trás da máscara. Mas quase sempre sim.


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