Diego Tardelli foi feliz no Atlético. Fez a torcida feliz também. Ajudou a trazer a Libertadores inédita em 2013. Ganhou a Copa do Brasil, em cima do rival Cruzeiro, no ano seguinte. E mais a Recopa e dois Estaduais. Saiu fazendo juras de amor ao clube. Disse que não se via jogando em outro time, e que voltaria para encerrar a carreira no Galo.

Ontem, o Grêmio anunciou a contratação do atacante de 33 anos. Perguntei aos atleticanos, no Twitter, o que os gremistas podem esperar do jogador. E aí teve todo tipo de recomendação. Das acusações de mercenário aos desejos de boa sorte.

Pra mim, a coisa é bem simples. O jogador se vê envolvido em um momento de amor ao clube e à torcida, fica emocionado com tantas homenagens na despedida e acaba falando demais. Era melhor não fazer juras eternas de amor? Era. Mas o jogador sempre vai procurar a melhor oferta (grana + projeto), e está no seu direito. Quem nunca olhou nos olhos da namorada e falou que queria estar com ela pro resto da vida? Estava mentindo naquele momento? Acho que não. É mais ou menos assim com jogadores e clubes.