Sorín relembra como foi tomar aquele gol do Adriano
Foi a primeira vez que fiz uma entrevista em pleno voo. Era um voo normal, de Buenos Aires a São Paulo. Reservaram a primeira fila para a gravação do BTS especial que você pode dar play no final deste post. Na poltrona do corredor estava eu. No assento da janela, Juan Pablo Sorín, o maior lateral-esquerdo da história da Argentina, com sua vasta cabeleira e sua barba de náufrago.
Minha primeira pergunta foi: "Posso te chamar assim"? Ele tentou meter aquela humildade. "Ah, você pode, obrigado. Mas eu prefiro deixar que os outros falem". Quando insisti no assunto, ele deixou escapar o orgulho que sente. "Tem os laterais que foram campeões mundiais também. Me considero um lateral diferente, que quebrou um jeito de jogar. Gostava de chegar por dentro, na diagonal, aparecer atrás do centroavante de surpresa na área. E também pela raça".
De fato Sorín era tudo isso. E, para mim, foi sim o maior lateral-esquerdo argentino. Assim como Zanetti foi o maior direito. Dois monstros que nunca sentiram o sabor de ganhar uma Copa. Falamos sobre todas as decepções, a ditadura de Passarella, que obrigou todos os jogadores, inclusive Sorín, a cortar o cabelo. Coincidência ou não, desde então nunca mais ganharam nada. Na época, Caniggia se recusou a tosar as madeixas e preferiu ficar de fora da Copa da França. "Sou como Sansão".
Juampi revelou como foi, para os argentinos, tomar aquele gol do Adriano no último minuto. E também como eles comemoraram o 7 a 1 que a gente engoliu. Ficou em cima do muro entre Messi ou Maradona, Romário ou Ronaldo. Mas respondeu na lata quem escolheria entre Ronaldo e Batistuta, Crespo e Adriano, Ronaldinho e Riquelme. Sobre o Bruxo, lembrou o dia que meteu uma caneta no homem e ainda tomou um tapinha na cara. Mas também disse que já deu tapa na cara de muito jogador. Brasileiro inclusive. Com responsabilidade.
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