Um cartão anti-zica para o Galo

Vai começar a Libertadores para o Atlético hoje, e para o São Paulo amanhã. Além de não saber muito sobre o Danubio, o Galo Doido tem que enfrentar o favoritismo e não pode cair nessa conversinha, porque na Libertadores o barato é louco! Na Pré então, todo cuidado é pouco. Um vacilo e já era.

O técnico do time uruguaio já meteu aquela velha tática de jogar a responsa na lomba do adversário por conta da folha salarial e do valor de mercado dos jogadores. No lugar dele, eu faria o mesmo. Mas nos treinos e no vestiário, pode ter certeza que o discurso é sempre o contrário: vamos ganhar deles na raça e na catimba, porque os brasileiros são bons, mas às vezes pipocam. É isso que alguns jogadores e torcedores uruguaios me confessaram, nas viagens e entrevistas que fiz por aí.

Por falar em uruguaio, o Itair Machado (dirigente do Cruzeiro) foi outro que deu pitaco na estreia do rival no torneio sul-americano. Falou que nem dá pra secar porque o Danubio é muito fraco, e que o Atlético vai golear nos dois jogos. O bicho é falastrão, fala muito!, mas não sei se isso é pura zica ou se ainda é bode de uruguaio por conta da saída do Rascaeta!

Atleticano: em caso de necessidade, acione este cartão

Mas o Galo tem um time cascudo. Victor, Rever, Fábio Santos, Elias, Luan, Ricardo Oliveira. Nessas horas tem que fazer valer a experiência, tanto para não entrar confiante demais como para não cair em provocação dentro de campo.

O jogo é bom porque o time mineiro tem um contra-ataque nervoso. Elias é um segundo volante que dá velocidade na saída e gosta de aparecer na área. No meio, Cazares pode chutar de média distância ou acionar Luan e Chará, que botam aquela correria e devem revezar de lado, já que os dois preferem cair pela direita. E aí é só botar a bola no Pastor que, se Deus quiser, ele guardará.