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Bolívia Zica

Ganhar com folga seria lindo. Mas com essa virada épica foi muito mais!

Bolívia ZIca

23/11/2019 20h21

O rubro-negro estava mal acostumado. O time ganha com facilidade, e quando toma o primeiro, tem a certeza que vai virar. E vira mesmo.

Nessa final, pegou um time embaçado, cascudo, vencedor, que não deixou o Flamengo jogar durante quase o todo o jogo. Quase. Marcou em cima, antecipando a jogada, sem deixar o adversário ter tempo de dominar a bola, quanto mais de pensar. E achou um gol aos 15 minutos, no vacilo da defesa do Fla, no deixa-que-eu-deixo do Gerson com o Arão.

Jogo feio, truncado. Era tudo que o River queria. Tentar espetar o segundo no contra-ataque e acabar com a brincadeira. Mas o Flamengo acreditou, Jesus meteu Vitinho no lugar do Gerson e depois o Diego no lugar do Arão. Foi corajoso ao jogar com o camisa 10 de volante, e ele entrou muito bem. Perdeu uma bola perigosa no meio, mas acabou participando dos dois gols.

Uma virada épica, improvável, inacreditável. Se ganhasse com folga teria sido gostoso? Muito. Mas se tornar bicampeão da América desse jeito, quando tudo parecia perdido, na superação, na fé, na bola, nas arrancadas do Bruno Henrique, na entrada do Diego e na estrela impressionante do Gabigol, foi muito mais!

Aconteceu tudo que precisava acontecer em questão de minutos. E aí não tem como não ficar doido. Por todo o sofrimento durante o jogo, pela espera de 38 anos, por 40 milhões de apaixonados, o Mengão é campeão da Libertadores!

Sobre o Autor

Jornalista de formação, amante do futebol por paixão e corneteiro por vocação. Apresentador do canal Desimpedidos. Comanda o Bolívia Talk Show.

Sobre o Blog

As opiniões do personagem não refletem necessariamente a opinião do homem por trás da máscara. Mas quase sempre sim.