A Seleção do Tite é a mais cansada e desinteressada que já vi

O problema não é perder um amistoso para a Argentina. É a inoperância. A passividade. A lentidão. É não dar um chute, não fazer uma boa jogada, não competir, nem marcar. É o Tite falar em "reinvenção" quando não apresenta nada de novo, troca seis por meia dúzia, insiste em nomes que nunca entregaram o esperado na Seleção, outros que mal jogam e não consegue tirar o melhor dos que brilham na Europa. Já são cinco jogos sem vitória. E isso é muito grave.

Por sua vez, o jogador que veste a camisa do Brasil também não demonstra nenhum interesse em mudar essa dinâmica. Ou melhor, a falta dela. É só passe pro lado ou aquela trotadinha pra dar um migué. Uma tiriça desgraçada. Hoje eu vi a Seleção mais desalmada da história. Ninguém bota uma pressão, vai pra cima, tenta quebrar as linhas do adversário com uma jogada individual, uma tabela, nada. Um esquema engessado com jogadores engessados. O Everton Cebolinha, por exemplo, fez isso na Copa América e já fez uma grande diferença.

O problema é que hoje não temos nenhum indício de que esse lenga-lenga irá mudar. Virão mais amistosos caça-níqueis em lugares estranhos, ladainha dentro de campo e ladainha nas entrevistas pra passar pano. O título da Copa América, com bons jogos contra Argentina e Peru, deu uma mascarada na situação. A verdade é que ninguém mais teme a Seleção, que já foi a mais respeitada do mundo. Estamos enterrando a tradição e a moral conquistadas em muitas décadas. Nem o torcedor brasileiro acompanha e torce mais. Ainda faltam três anos para a próxima Copa, mas já estamos fazemos tudo que é necessário para jogar qualquer chance de taça no lixo.