Flamenguista viu o atropelo até no meio do deserto
Flamenguista tem em todo lugar. Quando a fase do time é mágica então, parece que brota do chão. Mesmo que esse chão seja a secura do deserto do Atacama, no Chile.
O destino é muito procurado pelos brasileiros. Tirei duas semanas de férias e fechei essa viagem sem saber que o jogo decisivo contra o Grêmio estaria ali no meio.
Tudo bem. Descolei um bar de rock e futebol na Rua Caracoles que tem TV e arrumei uma mesa com vista panorâmica para assistir o atropelo sem dó no Maracanã.
No ChelaCabur, tem camisas e flâmulas de vários clubes, principalmente sul-americanos. É um dos poucos bares da cidade de San Pedro que você não precisa comer para poder beber. Tem umas leis estranhas por aqui. Dançar, por exemplo, é proibido. Beber na rua também.
Notei que dois gremistas tomavam seus tragos à paisana no cantinho. Eles bem que tentaram acreditar na classificação. Mas depois que o Bruno Henrique – jogador mais decisivo dessa campanha, mais até do que o "Hojetemgoldo Gabigol" – puxou o contra-ataque e abriu a porteira, ninguém mais poderia dizer que ali estavam dois tricolores gaúchos.
Já na mesa dos cariocas, dois deles com a camisa do Mengão, não parava de chover cerveja. Claro, foi um gol atrás do outro! BH, Gabriel, Marí, Rodrigo Caio… Era open bar de gol no balcão do Paulo Victor, o barman mais solícito da América do Sul.
Cinco no placar foi até pouco. O rubro-negro tem muito mais motivos para comemorar. O time joga como quer e "mete miedo", como a Fox latina bem mostrou. E haja cerveja no deserto. Hidratar-se bem também é lei por aqui.
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