Festa dupla no Beira-Rio: que lindo dia para ser Colorado

O Cruzeiro até que começou bem. Teve chance de fazer o primeiro com Pedro Rocha. Thiago Neves chutou raspando a trave. Mas aí o Dedé errou o passe na saída de bola. Deu a tábua pro contra-filé em castellano do Inter. Conexión Montevideo-Buenos Aires-Lima. Nico López lançou D'ale na direita. Quando ele dominou errado, pensei "xi, caiu na perna ruim, perdeu o ângulo". Corta. O argentino vai lá na linha de fundo e cruza de direita mesmo, certinho, na cabeça do Guerrero.

A partir daí o Inter dominou. Patrick em todos os lugares do campo ao mesmo tempo. É aquele maluco doido que come dois pratos de feijoada antes do jogo na várzea e corre mais que todo mundo! Patrick colorado ou Patrick Vieira, só o tempo dirá quem foi melhor na meiuca!

Enquanto isso, o Cruzeiro dependia dos lampejos de craque do Marquinhos Gabriel, que só acontecem em ano bissexto. Aí fica complicado, meu parceiro. Dedé saiu e Ariel Cabral entrou. Essa coisa de Ariel Cabral entrar é tão Mano Menezes… Don Fredon entrou também. Nada.

O Nico parecia que estava jogando beach soccer. Levantou a bola, deu duas petequinhas e chutou. No lance seguinte, fez mais duas embaixadinhas e lançou Paolo na área. Ele matou na caixa – como mata a bola na caixa o peruano! – e pegou de primeira, sem deixar ela cair, cruzado, alto, bonito. Qué golazo!

Se você achou esse um golaço, é porque não viu o que o Edenílson fez. De cobertura. Fábio só olhou. Como joga esse Edenílson. EdenilSHOW! O massacre começou e terminou com ele. Quatro a zero no placar agregado, fora o baile.

Rogério Ceni segue sem esse título na carreira. Não era mesmo a noite dos times de azul. O Inter não deu nem chance pro maior campeão da Copa do Brasil. Festa dupla no Beira-Rio. Que lindo dia para se ser colorado!