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Bolívia Zica

Foi sofrido, mas deu Mengão

Bolívia ZIca

31/07/2019 23h48

Nem o placar de 2 a 0 contra, a zaga nova e desentrosada, a ansiedade insuportável e o secador de todas as outras torcidas ligados deram conta de conter a euforia da torcida no Maraca. O Flamengo entrou no embalo, pilhado, botando pressão e indo pra cima com os dois laterais avançados. E a noite já mostrou que tinha dono nos primeiros minutos.

Gabigol ainda perdeu um gol feito antes de bater de um lado e meter o goleiro pro outro. Como caiu bem essa camisa do Mengão no menino Gabriel! Como tá fazendo gol o 9 do Mengão. Quem sofreu o pênalti foi outro que chegou e nem precisou se adaptar. Rafinha, o novo Leandro, novo mas velho,  velho mas com pegada de moleque, o lateral que todo rubro-negro pediu a Deus depois da sombria Era Pará-Rodinei.

Gabigol ainda meteria mais um, de primeira, na jogada criada inteirinha por Bruno Henrique. Aliás, mais um que se deu bem com o manto rubro-negro desde que chegou. Moleque piranha da várzea, tomou a bola do zagueiro vacilão, foi até a linha de fundo e tocou pra trás. Éverton Ribeiro não alcançou, mas ela não escapou do arremate do artilheiro. Ele pegou a bola, botou debaixo do braço, mostrou o escudo e fez aquele gesto de "calma que o pai tá aqui".

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Parecia que ia virar goleada. Que a classificação viria fácil. Mas não foi bem isso que aconteceu. Ainda faltava um gol. E ficou faltando o Gabigol também, que saiu machucado. O Emelec melhorou no segundo tempo e complicou o jogo, que foi ficando dramático, amigo. Torcida ficou apreensiva. Jesus ficou preocupado. Foi pros pênaltis. Ai, Jesus!

E aí todo mundo bateu bem. E aí veio a redenção de Diego Alves. E finalmente a maldição da eliminação na primeira fase ou nas oitavas acabou. Sofreu, mas passou. Flamengo nas quartas!

 

Sobre o Autor

Jornalista de formação, amante do futebol por paixão e corneteiro por vocação. Apresentador do canal Desimpedidos. Comanda o Bolívia Talk Show.

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As opiniões do personagem não refletem necessariamente a opinião do homem por trás da máscara. Mas quase sempre sim.