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Fla & Libertadores: match no app, mas ao vivo...

Bolívia ZIca

25/04/2019 12h51

Flamengo & Libertadores é tipo um romance atrapalhado do Tinder. Aquele que parece incrível no aplicativo, mas que dá ruim no encontro ao vivo. Um deu like no outro, até que rolou o match – o Flamengo vê a Libertadores como um amor quase platônico, a musa perfeita, que é muito difícil de conquistar; por sua vez, a Libertadores também gosta do Flamengo, afinal, como não querer o clube mais popular do Brasil em seus braços?

Aí a conversa pelo app evolui, os dois vão se conhecendo melhor, rola uma troca de afagos virtuais e o papo passa pro whatsapp, uma coisa mais íntima. Só que na hora do date… Parece que o Flamengo trava. Só de estar ali, frente a frente com ela, dá aquele frio na barriga. Bate uma insegurança. Ele começa a suar frio. As palavras saem com dificuldade, a voz fica retraída, mesmo sabendo que sim, ele pode dar conta daquele mulherão todo.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Ontem, contra a LDU, o Mengão não foi aquele homão da porra do Campeonato Carioca. Foi um moleque frágil e inexperiente. Perdeu o jogo e a chance de se classificar para as oitavas. E, mais uma vez, chega como líder na última rodada da fase de grupos precisando apenas de um empate. Mas o jogo é contra o Peñarol, lá no Uruguai. O mesmo Peñarol que bateu o Fla em pleno Maracanã.

O panorama é o mesmo de dois anos atrás. Um empatezinho contra o San Lorenzo na Argentina garantia o time no mata-mata. Tomou a virada no finalzinho e a combinação de resultados decretou a eliminação na primeira fase. E a gata do Tinder mais uma vez virou o Freddy Krueger: o mesmo pesadelo de sempre. É só pegar no sono que ele vem.

Não tem como o rubro-negro dormir tranquilo, mesmo sendo líder do grupo. Se perder e a LDU ganhar, já era. Há quem defenda um time retranqueiro em Montevidéu, para garantir o empate. Eu já acho que é o momento do Flamengo se impor e não se acovardar diante de um time tradicional e de uma torcida pulsante. Quem entra para empatar, geralmente perde. Chegou a hora de fazer valer seu elenco milionário e a força da sua camisa, mesmo que ela não tenha tradição na Libertadores. Não digo ir pra cima que nem louco, é muito arriscado, precisa ter inteligência. Não entrar em provocação, jogar duro sem ser expulso e não ficar chamando os caras o jogo inteiro na pressão. Se quiser finalmente ser campeão, precisa jogar bola sem medo! Tem time para isso.

Perguntei no Twitter sobre qual deveria ser a postura do time. A torcida está bem desanimada:

Sobre o Autor

Jornalista de formação, amante do futebol por paixão e corneteiro por vocação. Apresentador do canal Desimpedidos. Comanda o Bolívia Talk Show.

Sobre o Blog

As opiniões do personagem não refletem necessariamente a opinião do homem por trás da máscara. Mas quase sempre sim.