Os 7 pecados capitais do São Paulo
1) SOBERBA
O São Paulo era referência em tudo nos anos 90. Instalações, equipamentos, gestão, organização em campo e fora dele. Bicampeão da América e Mundial, em cima de Barcelona e Milan. Depois ganharia mais uma Libertadores e outro Mundial, em 2005, além de 3 Brasileiros seguidos. De repente (ou não) o tempo passou, e o que era moderno ficou ultrapassado. O clube achou que esse conceito de soberano duraria para sempre, não evoluiu e deu chance para os rivais fazerem o que ele não fez.
2) CORRUPÇÃO
Depois da manobra de Juvenal Juvêncio em 2011, que alterou o estatuto para poder exercer o terceiro mandato seguido, o São Paulo teve um presidente que prometia pensar grande, cobrar jogadores e retomar a rotina de títulos. Na prática, Carlos Miguel Aidar renunciou ao cargo após graves denúncias de corrupção. O ex-vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, acusou Aidar de desviar dinheiro do clube e dar início a uma crise política sem precedentes.
3) AEROLECO
A fim de agradar os opositores e botar panos quentes na fritura de Jardine e outras peças, o atual presidente, Leco, montou uma comitiva de 25 conselheiros para o jogo de ida contra o Talleres, na Argentina. Entre os agraciados com um lugarzinho no avião, estavam o ex-presidente Mesquita Pimenta e Douglas Schwartzmann, ex-diretor de marketing e principal aliado de Aidar. Este chegou a denunciar a farra do Aeroleco. O SPFC conta com cerca de 240 conselheiros, os chamados cardeais do Morumbi, entre situação e oposição, mas com algo em comum: a vocação para manter o clube preso no passado.
4) VENDE BEM E CONTRATA MAL
Desde a venda milionária de Lucas para o PSG, o SPFC tem conseguido inchar o caixa com bons negócios envolvendo seus jogadores. Até o Maicon, God of Zaga, comprado a peso de ouro, foi vendido por um preço maior do que foi pago. Tinha tudo para ser um mico, mas no final recuperou o dinheiro. Na lista também temos David Neres, Cueva, Pratto, Militão, Thiago Mendes, Luis Araújo, Petros, Buffarini, Marquinhos Cipriano, Auro e Rodrigo Caio. Vieram Jean, Jucilei, Arboleda, Diego Souza, Nenê. Everton começou bem e foi se apagando. Pablo ainda não encontrou seu lugar. A melhor foi o Hernanes, unanimidade, aposta ganha, mas que também sofre para conseguir render longe do gol. Há quem diga que é culpa do treinador.
5) DEMISSÃO DE AGUIRRE
Aguirre ajeitou o time, chegou a liderar o Brasileirão por algumas rodadas, mas no 2º turno deu uma caída. Resultado: mandaram o cara embora sem pensar duas vezes e sem nenhum nome de peso na agulha para substituí-lo. André Jardine foi içado das categorias de base, mas está prestes a ser demitido após a eliminação precoce na Libertadores.
6) PROBLEMAS COM MEDALHÕES
O que acontece no vestiário, só quem está lá sabe. Mas é óbvio que o clima não é bom. Muita gente garante que a falta de paciência com Aguirre não veio da diretoria, e sim do próprio elenco. Nenê pegou banco e foi acusado de fazer panela para derrubar o uruguaio. Dizem que ele não aceita a reserva. O jogador nega. Diego Souza também parece infeliz no clube. Teria vontade de voltar ao Vasco.
7) RECORRE A VELHOS ÍDOLOS
O São Paulo não consegue forjar novos líderes. Sempre que a coisa vai mal, o clube e a torcida recorrem aos ídolos do passado. Rogério Ceni é sempre lembrado como alguém que cobrava todo mundo e sua sombra atrapalha todo goleiro que chega ao clube. Trazer Raí e Lugano para a diretoria é uma tentativa de contaminar o ambiente com o espírito do velho e bom Tricolor. Ontem, Muricy Ramalho foi ovacionado no Morumbi, aos pedidos de "volta, professor". O São Paulo precisa, desesperadamente, virar a página, olhar para frente e recomeçar até voltar a ser o que era.
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